quinta-feira, 11 de junho de 2009


Contexto histórico do século XX

O século XX é o século que democratiza a moda, isso se dá principalmente devido a enfatização dos meios de comunicação, como a TV, o cinema, revistas e jornais. Outro ápice de século XX e da democratização da moda é a industrialização como um todo, porém a industrialização de roupas em grande escala é um fenômeno originado neste século.
Com a repercussão das duas guerras mundiais, a sociedade se viu obrigada a adquirir mudanças em todos os aspectos, a mudança nos hábitos de vestimenta era uma delas. Estas guerras provocaram a obrigação do desenvolvimento tecnológico. Para a moda esse desenvolvimento apareceu a princípio, no surgimento das fibras sintéticas, e em atitudes, como por exemplo, o culto ao corpo.
A busca pela simplicidade marca o século XX, marcou também, a diminuição acentuada da variedade de roupas cerimoniais. Há uma simplificação do traje feminino que dele vai desaparecendo, como anáguas e corpetes. É no século XX que a mulher conquista definitivamente sua emancipação, que é almejada através de certos movimentos feministas desde o século XIX. A mulher conquistou inúmeros direitos, tais como; a licença – maternidade, diminuição da jornada de trabalho, funções que outrora eram exclusivamente masculinas. Após a segunda guerra mundial o feminismo ganha a força e a participação integral da mulher, assim há um fortalecimento da vida pública. Isso reflete na moda.
Só depois da segunda guerra as apresentações das coleções tornaram-se periódicas e regulares. Com a queda da bolsa de valores de Nova York e a depressão de 29, o prestígio e o domínio da alta costura parisiense foram abalados. Em 1945, com a crise econômica que se propagou por todo mundo, foi preciso inovar para reconquistar a clientela.
Quando a geração que nasceu após a guerra, torna-se adulta, não aceita a idéia de seguir os princípios da alta costura parisiense. A indústria da moda passou a dedicar mais atenção ao novo público. E é quando surge uma nova geração de costureiros: os estilistas. A indústria do prêt – à – porter desenvolveu-se após a proliferação dos estilistas.
Nas últimas décadas deste século a moda nunca esteve tão evidenciada.

DÉCADA DE 1900_1909: PRÉ-DÉCADA DE 10

Esta década ainda mantém fortes características históricas que a vinculam mais aos fins do século XIX do que própriamente ao século XX. Esta época foi caracterizada por um dos primeiros saltos tecnológicos no campo dos transportes, como o desenvolvimento da aviação e doautomóvel. Foi também o início da chamada arte moderna com os movimentos culturais pós-Romantismo. Nesta época também foi formada a Commonwealth e o Japão foi pela primeira vez reconhecido como potência mundial, após a Guera Russo-Japoneza.
Em Portiugal, mais precisamente em 1908, ocorreram alguns movimentos revolucionarios que mudaram o país,nomeadamente o Regicidío de D.Carlos e do Principe Real. No périodo de 1900 os padrões de beleza do século XIX permaneceram até os primeiros anos do século XX.Na Inglatera consistia a Era Eduardiana e na França a Belle Époque.Muito se assemelhava a França e a Inglaterra em questão da moda. O ínicio do século XX ainda possuia resquícios da Art Nouveau do século anterior,que influenciou a silhueta em “S”.
Mas é com a chegada do Balé Russo em Paris que a moda do ocidente recebe uma forte influênciaoriental,tanto nas cores como nas formas.A silhueta feminina muda de formato ,as linhas ficam mais estreitas.Um dos grandes ditadores da moda do périodo era o estilista Paul Poiret,que utilisou o orientalismo em suas coleções.
X* A mulher esta usando um espartilho,artifício da típico década.


DÉCADA DE 1910_1919

A década de 1910 foi um período marcante da história mundial. Nesta época ocorreu a Primeira Guerra Mundial e o iníco da Revolução Russa, que instituiria o comunismo naquele país.Nesta época também se iniciou a popularização do rádio,como mídia de massa e também do automóvel como meio de transporte. Foi também uma época de alta secularização naEuropa, ao mesmo tempo que vários movimentos filosóficos e religiosos como o Pentecostalismo e o Esoterismo cresciam na América. Cresciam também os movimentos artísticos modernistas, especialmente na pintura(cubismo, dadaísmo) e na música(dodecafonismo, jazz). Em Portugal foi uma época em que vários acontecimentos revolucionários surgiram, a Proclamação da Républica a 5 de Outubro de 1910 é um exemlpo, durante este período, em que a Primeira Guerra Mundial ocorreu, Portugal teve várias revoltas contra a Républica, e contra o CEP (Corpo Expedionario Português). Umas dessa revoltas dividiu Portugal em dois, no norte D.Manuel II foi proclamado El-Rei, e o sul continuava em Republica..
Nesta década tudo mudou as cores apagadas e preferência por tons pastel deram lugar as cores e o luxo contagiante.Como ultima tendência os turbantes cravejados de jóias e enfeitados com plumas, calças de balão e túnicas debruadas a pele.Enquanto a febre oriental cultivava as suas flores exóticas, desenvolvia-se uma nova moda, cuja origem vinha do entusiasmo crescente por atividade desportivas, pois não era possível mulheres vestidas de jaquetas, coletes estreitos e saias justas até aos pés praticassem qualquer atividade desportiva.Surgiu uma modista humilde, esta utilizava materiais leves e flexíveis nas suas confecções.Madeleine Vionnet, desenvolveu uma moda ao encontro da liberdade de movimentos mas também procurava a beleza.Foi então graças ao desporto e à ginástica que as mulheres se libertaram do espartilho.
A primeira Guerra Mundial: A guerra libertou a maioria das mulheres da escolha do que vestir. Em tempo de guerra só vestiam roupas laborais, uniformes e trajes de luto. Foi lançado por esta altura um “vestido para todas as ocasiões”, podia ser usado: em casa, na rua, de manhã , ou até como pijama.A saia em armação ficara por esta altura ultrapassada.
Nesta década as mulheres adotaram três ideias:Donzela amorosa, Madona abnegada,Vamp exótica.Em 1910,o uso da maquiagem já estava muito difundido, tentando obter um resultado o mais natural possível.Surgiu então o pó-de-arroz cor-de-rosa.As mulheres da alta sociedade começavam por esta altura a dirigir-se com frequência a salões de beleza para se submeterem a tratamentos faciais periódicos.
* Retrato de uma mulher na década de 10.

DÉCADA DE 1920_1929: LOUCOS ANOS 20

Conhecido como o período entre-guerras, foi uma época de excepcional prosperidade econômica, na qual os Estados Unidos da América se consolidaram definitivamente como potência mundial - prosperidade essa que teve uma forte queda em 1929 com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque. A Europa, contudo, sofria as conseqüências da Primeira Guerra Mundial, o que permitiria a ascensão do Nazismo, após a Crise de 29, o surgimento do Fascismo italiano e aínda o Salazarismo em Portugal.
No Brasil, entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 é realizada, no Teatro Municipal de São Paulo, a "Semana de Arte Moderna", que contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos. Seu objetivo era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade com "a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual", como informava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de 1922.
Os dourados anos 20 foram o charleston e o jazz, o cabelo curto e os lábios vermelhos, o amor livre e os cigarros, o controlo da natalidade e as saias curtas e a Grande Depressão. Novos corpetes elásticos comprimiam o que os espartilhos outrora tinham salientado, desta forma os seios, as barrigas e os traseiros desapareceram. Pela primeira vez na história da moda, o traje de noite era tão curto como o de dia. Para se conseguir produzir um vestido espetacular com uma quantidade de tecido tão diminuta, tornava-se necessário algum engenho. A solução era a mesma de hoje: sugerir a nudez. Utilizavam-se tecidos transparentes, guarnecidos com pérolas falsas, lantejoulas ou franjas de seda, colocadas em pontos estratégicos e que, ao dançar, salientavam o que tinham para ocultar. As pernas eram cobertas com meias claras, os decotes chegavam, tanto no peito como nas costas, quase até à cintura. Por baixo usavam: uma “combinação de algodão creme, composta por um body e um espartilho a dissimular os seios. Se os vestidos eram quase inexistentes, os casacos tinham de ser opulentos para protegerem do frio.Nos acessórios era mais importante a capacidade de chamar a atenção do que o seu valor material. Os estojos de cigarros e as caixas de pó-de-arroz eram novidades: extremamente finas e com ornamentos geométricos.
Os chapéus-toucas estavam cada vez mais na moda, depois da quebra de popularidade dos cabelos compridos, tanto os verdadeiros como os postiços.Quem só exibia um olho queria naturalmente destacá-lo o mais possível. Foi o conhecido desenhista de moda Erté, que tinha dado os primeiros passos na moda com Poiret, quem se apercebeu de que sobrancelhas finas e bem desenhadas combinavam melhor com a silhueta esguia dominante.
Os sapatos dos années folles eram concebidos para dançar. A saia curta e direita estava em voga apenas durante alguns Verões. Depois, começou a ser ornamentada com rendas, xailes vaporosos e caudas.Quem não quisesse ser uma flapper-girl ou uma jazz - babe dispunha vestidos mais compridos – robes de style.Estes vestidos tinham corpo justo, cintura baixa e bem vincada, e saia trapézio até meio da perna. Enfeitados com laços e flores estampadas, mais tarde com motivos geométricos, sob a influência do cubismo.
O cabelo curto definia a imagem. Corte de cabelo rigoroso com ou sem franja, liso ou ondulado.Olhos contornados de preto. Lábios vermelho-escuros. Sobrancelhas cuidadosamente delineadas. Pintar os lábios ou empoar o rosto era considerado uma impertinência e, exatamente por isso, muito chique. As pessoas adoravam carregar na maquiagem, mesmo que fosse demasiado artificial.O rouge surgiu aplicado como uma mancha circular, em 1925, o verniz colorido libertou as unhas do seu aspecto natural; as sobrancelhas eram rigorosamente depiladas e pintadas com um risco semicircular. O verdadeiro avanço surgiu com o rímel desenvolvido por Elizabeth Arden. Helena Rubinstein, concorrente de Arden, reclamou para si a descoberta do rímel a resistente à água. A competição entre as duas rainhas contribuiu determinantemente para o desenvolvimento da indústria da beleza. A pele morena de Coco Chanel encontrou desde logo seguidores, acabando assim com a ideia de que as “senhoras finas” eram brancas como a neve. Quem tivesse possibilidades viajava até às praias mundanas e regressava bronzeado. Jean Patou levou em conta a tendência dos banhos de sol, quando, em 1924, lançou no mercado o primeiro óleo para sol.
* Coco Chanel
* A representação da mulher na década de 20.


DÉCADA DE 1930_1939

É tida como uma das épocas mais sangrentas de toda a história mundial. Neste período, Hitler ascende ao cargo de chanceler na Alemanha e tem início o genocídio do que Hitler chamava de "raças inferiores", em especial os judeus. Tem início a Segunda Guerra Mundial. Nos Estados Unidos, Franklin Roosevelt dá início ao New Deal, em 1929.
Os anos 30 descobriram o esporte, a vida ao ar livre e os banhos de sol. Os mais abastados procuravam lugares à beira-mar para passar períodos de férias. Seguindo as exigências das atividades esportivas, os saiotes de praia diminuíram, as cavas aumentaram e os decotes chegaram até a cintura, assim como alguns modelos de vestidos de noite. A mulher dessa época devia ser magra, bronzeada, o modelo de beleza da atriz Greta Garbo. Seu visual sofisticado, com sobrancelhas e pálpebras marcadas com lápis e pó de arroz bem claro, foi também muito imitado pelas mulheres.Aliás, o cinema foi o grande referencial de disseminação dos novos costumes. Hollywood, através de suas estrelas, como Audrey Hepburn e Marlene Dietrich, e de estilistas, como Edith Head e Gilbert Adrian, influenciaram milhares de pessoas.
Alguns modelos novos de roupas surgiram com a popularização da prática de esportes, como o short, que surgiu a partir do uso da bicicleta. Os movimentos totalitários começam a eclodir também em outros países europeus, com Mussolini na Itália, Salazar em Portugal, Francisco Franco na Espanha e Stálin na União Soviética, além de Hitler na Alemanha.
No Brasil, ocorre a Revolução de 30, movimento que chega ao poder encabeçado pelo político gaúcho Getúlio Vargas. Em 1932 inicia a Revolução Constitucionalista, organizada pelo estado de São Paulo, que exige, entre outros pontos, a constitucionalização do novo regime. O movimento é derrotado, mas força a convocação da Assembléia Constituinte em 1933. Em 1934 seria promulgada a nova Constituição. Chega ao fim a política do café-com-leite e tem início o Estado Novo, em novembro de 1937. Ao longo do restante da década não seriam realizadas eleições no país (as eleições só voltariam com o fim do Estado Novo, em 1945). Década de elegância tranquila.Já não havia show-off como nos anos 20, tudo era mais discreto.Este fato já tinha a ver necessariamente com os tempos difíceis, mas era muitas vezes um tributo aos tempos modernos: a arte déco e o cubismo tinham fomentado a preferência pelas linhas geométricas.
Uma das estilistas das estilistas de chapéus mais famosas era Elsa Schiapareli, que não tinha aprendido nem o ofício de modista nem o de costureira e que viria a determinar em larga medida a moda dos anos 30.
A firma americana Warners introduziu um dos primeiros soutiens com tamanhos diferentes de caixa. As meias eram como antigamente, de seda ou de seda artificial, em 1939 foram substituídos por meias de nylon. Os acessórios eram imprescindíveis. Usavam-se as carteiras-envelope por baixo do braço ou pequenas bolsas com fechos automáticos de prata ou – a grande novidade – de plástico. As jóias eram aceitas e, graças à inovação de Chanel, era possível misturar pedras preciosas e imitações. Colares de stras eram usados com vestidos de noite, tal como os diamantes.
O último grito eram os óculos de sol, imprescindíveis para as mulheres que se dedicavam ao desporto e que se bronzeavam nas praias.Os shorts eram usados também fora dos campos de tênis.As calças largas, especialmente pijamas de seda, faziam parte do guarda-roupa da mulher elegante.O desporto era um elemento de união. Até Coco Chanel criou de repente vestidos de noite com saias forradas e ornamentadas.Na moda de dia, as linhas eram severas. Já a partir de 1934 os ombros alargaram e quatro anos depois tinham volumosos chumaços. Assim se alteravam as proporções, obrigando a adota uma saia mais curta e ampla. Primeiro foi introduzido o sapato com salto em forma de cunha e posteriormente o sapato com sola plataforma.No fim da década, a roupa tinha quase o caráter de um uniforme. A moda nestes tempos era mais caracterizada pela perfeição do que pela criação, o que não se pode dizer da moda de Elsa Schiaparelli.
Corresponder ao ideal de beleza da época não era fácil. A mulher devia ser magra, devia ser feminina, desportiva, bronzeada, natural e cuidada. A “mulher” desta época reconhecia que a verdadeira beleza vem do interior e dava valor a uma vida natural com uma alimentação saudável.
* Vestimenta de luxo da época. * Carmem Miranda.

DÉCADA DE 1940_1949

A década de 1940 foi o período de tempo entre os anos 1940 e 1949. Nesta época, os conflitos armados que assolaram a década anterior chegam ao apogeu, com o holocausto, e declínio. Um ataque realizado pelo Japão em Pearl Harbor marca as bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, matando milhares de civis no Japão, e supostamente precipitando o fim da guerra. Htler comete suicídio com um tiro na cabeça e Mussolini é fuzilado. Ocorrem também os julgamentos de Nuremberg onde foram julgados 24 criminosos de guerra aliados a Hitler, dos quais 13 foram condenados à morte na forca, três foram absolvidos e os demais condenados a outras penas. Teve início também a Guerra Fria, onde aumentaram as tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Nesta década, foi criado o primeiro computador, o ENIAC, assim como também o primeiro helicóptero e o primeiro transístor. Foram também estabelecidos a
ONU, a OTAN, o FMI e o Banco Mundial. Tem início o Plano Marshall, de recuperação econômica da Europa pós-guerra. Guerra e alta costura – poder-se-ia pensar que não combinam. Uma representa a destruição do mundo, a outra a criação de beleza. Durante a Segunda Guerra Mundial elas desenvolveram um estilo altamente extravagante e comprovaram assim a sua autonomia. Os tecidos de seda coloridos passaram a “saias de camponesas” ou turbantes, ou foram cosidos como remendos em fatos e calças, não tanto para dissimular o desgaste da roupa, mas por pura classe. Os chapéus, tal como os sapatos, eram cada vez mais altos. O corpo magro continuou a ser pouco valorizado. Em Inglaterra, a partir de 1941, o racionamento levou à adoção de normas meticulosas: consumo de tecido por peça de vestuário, comprimento e largura máximos de uma saia, número máximo de pregas, botões e acessórios.Entre 1941 e 1945 não se verificou nenhuma mudança fundamental relativamente à moda. Os fatos austeros tornaram-se ainda um pouco mais militares, as saias mais curtas e apertadas e os chapéus sempre mais extravagantes, até as proporções ficarem completamente distorcidas. Tudo começou com roupa prática para os estudantes, mas em breve todos queriam ter um jovem ar colegial com saias às pregas, pullovers e meias brancas. Foi durante a guerra que muitas pessoas desenvolveram pela primeira vez o gosto pela qualidade. Aprenderam a valorizar os tecidos resistentes que eram muito confortáveis, tais como o algodão, a lã e o linho. De repente, a confecção passou também a ser importante. A partir do momento em que as mulheres começaram a produzir as suas roupas, conseguiam distinguir o bom do mau trabalho. Não havia nada que não experimentassem. Sapatos de cortiça e fitas, cintos feitos de pedacinhos de madeira e até bolsos feitos de restos de tapetes.
A vida social não foi reativada tão rapidamente como a vida cultural. Havia uma certa onda de vergonha que proibia o divertimento “só pelo divertimento”. A Vogue recomendou a não utilização de vestidos de noite para o Inverno de 1945/1946, mas apenas a mais discreta robe d’ambassade, que ficou a dever o seu nome às recepções nas diferentes embaixadas. As mulheres envergavam um corpete estreito, com mangas compridas e um pequeno decote quadrado. A saia tinha obrigatoriamente de cobrir o tornozelo. Eram proibidas as jóias e os grandes adornos. Nos tempos difíceis do pós-guerra, até os jovens costureiros se sentiam obrigados a ser racionais e não entravam em extravagâncias. Foi a partir da ligne corolle, como Christian Dior a batizara, que surgiu o new look, determinante para a moda da década seguinte. E, do dia para a noite, Dior passou a ser o incontestado rei da alta costura. Durante dois meses no ano de 1942, a produção de cosmética nos Estados Unidos foi interrompida.
Cabeleira loura, de comprimento abaixo dos ombros e ligeiramente ondulada. Este corte de cabelo dava às mulheres o glamour, ao qual de outra forma teriam de abdicar em virtude da falta de jóias e de peles. Quando se tratava de verdadeira elegância, só se podia falar de um penteado: o nó entrelaçado na nuca.
Durante a guerra, ainda mais importante do que o batom e o pó-de-arroz era a cor das pernas. Não existiam colantes e uma perna completamente desnudada não combinava bem com as saias cada vez mais curtas. Uma das soluções mais rápidas consistia no desenho de uma costura nas meias com um lápis para os olhos. Uma segunda possibilidade era a maquiagem das pernas.

* Criado por Cristian Dior em 1947. * Uma Pin-up,teve o auge do sucesso nos 40’s.

DÉCADA DE 1950_1959: ANOS DOURADOS

É considerada uma época de transição entre o período de guerras da primeira metade do século XX e o período das revoluções comportamentais e tecnológicas da segunda metade. Nesta época têm início à chegada da televisão em Portugal e no Brasil. Esta época também foi considerada a "idade de ouro" do cinema e também foi a época de importantes descobertas científicas como o ADN (Ácido Desoxirribonucleico, ou DNA). O campeão da Copa do Mundo em 1950 foi, pela segunda vez, o Uruguai. Em 1954 a Alemanha Ocidental conquista o Mundo pela primeira vez. Em 58, a Seleçã Brasileira de Futebol fatura também o seu primeiro título mundial. Os anos 50 foram a última grande década da alta costura. Chegara o tempo da mudança radical na moda. Depois do horror da guerra, era justamente isto que muitas mulheres desejavam: queriam ser mimadas, protegidas, e que lhes retirassem todas as responsabilidades. Foi por isso que o new look se impôs, embora significasse mais uma explosão de desejos reprimidos do que o início de um futuro melhor. O new look simbolizava otimismo e opulência, e o que poderia ter parecido cínico em 1947, ano do seu aparecimento, já era considerado natural alguns anos mais tarde.
Embora o new look acentuasse ainda mais a diferença de classe, uma vez que só era acessível às classes muito ricas, foi entendido como uma promessa de bem estar, elegância e alegria de viver, atuando assim como estímulo para o progresso.Na verdade, o new look acabou por funcionar como o propulsor do desenvolvimento de uma nova camada social: a classe média.Os grandes armazéns, as fibras sintéticas e as confecção permitiram que largas camadas copiassem o estilo das classes mais abastadas e foi desta forma que as ideias da alta costura chegaram à rua.
A mulher que, durante os anos 50, tanto no sentido literal como no figurado, foi metida novamente num espartilho bem apertado. Depois de ter apoiado o marido durante a guerra, o seu desejo era ser novamente feminina, cedendo, sem reparar, terreno já conquistado e retirando-se para casa. O homem era o senhor e providenciava o sustento, a mulher tomava conta da casa e do jardim, sendo a casa moderna e funcional com cores alegres e claras, fácil de limpar, com muitos eletrodomésticos que a ajudavam na lida da casa. Não se exigia que a mulher se apresentasse imaculadamente arranjada, de manhã à noite.
Nunca se saía sem chapéu e sem luvas, os sapatos deviam condizer com a carteira, escolhiam-se as mesmas cores para os acessórios e para a maquiagem, usavam-se sempre sapatos de salto alto e meias de nylon, decotes só se usavam à noite e escolhiam-se os tecidos conforme a hora do dia. Christian Dior nos onze anos que durou o seu reinado, apresentou 22 linhas diferentes, subiu e desceu bainhas, mas só entre o joelho e tornozelo.O new look e as suas linhas caracterizavam-se por apresentarem os ombros suaves e descaídos, as ancas arredondadas e a cintura muito estreita Os sapatos da década eram estreitos, com biqueira pontiaguda, com salto médio ou alto, até se transformar no salto alto e muito fino.
Típica dos anos 50 é a explosão de cores, surgida como reação aos tristes anos da guerra. O vermelho de Dior tornou-se famoso, sendo, no entanto, discreto em comparação com os blot-designs de várias cores, que os fabricantes têxteis adotavam da pintura moderna.O papel de “jovem zangado”, parecia ter-se tornado apenas moda. Mas as T-shirts brancas, os casacos de couro preto e os jeans que Marlon Brando usou tornaram-se um uniforme que significava uma atitude: descontentamento e vazio.
Também o rock’n’roll, que correu o mundo inteiro, primeiro pela mão de Bill Haley e mais tarde com Elvis Presley, era apenas um primeiro augúrio do que ainda estava para chegar. De fato, enquanto a juventude continuava a dançar nas pistas de baile, o mundo permanecia em ordem.
Tudo era apenas uma manifestação da moda. A revolta deu-se apenas uma década mais tarde. Embalados pelo consumo e intimidados pela guerra fria, que caracterizou esta década de contradições tanto quanto a fé num crescimento ilimitado, a nova casta de teenagers mostrava-se especialmente chique, elegante e decente. * Elvis Presley,ícone do rock’n roll. * Marilyn Monroe,ícone do cinema.
DÉCADA DE 1960_1969: SEXO,DROGAS E ROCK’N ROLL

A década de 60 representou, no início, a realização de projetos culturais e ideológicos alternativos lançados na década de 50. A segunda metade dos anos 50 já prenunciava os anos 60: a literatura beat de Jack Kerouac, o rock de garagem à margem dos grandes astros do rock e os movimentos de cinema e de teatro de vanguarda, inclusive no Brasil. Podemos dizer que a década de 60, seguramente, não foi uma, foram duas décadas. A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no àmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo. A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos. É ilustrativo que os Beatles, banda que existiu durante toda a década de 60, tenha trocado as doces melodias de seus primeiros discos pela excentricidade psicodélica, incluindo orquestras, letras surreais e guitarras distorcidas. "I want to hold your hand" é o espírito da primeira metade dos anos 60. "A day in the life", o espírito da segunda metade.
Nesta época teve início uma grande revolução comportamental como o surgimento do feminismo e os movimentos civis em favor dos negros e homossexuais. O Papa João XXIII abre o Concílio Vaticano II e revoluciona a Igreja Católica.Surgem movimentos de comportamento como os hippies, com seus protestos contrários à Guerra Fria e à Guerra do Vietnã e o racionalismo. Esse movimento foi também a chamado de contracultura. Ocorre também a Revolução Cubana na América Latina, levando Fidel Castro ao poder. Tem início também a descolonização da África e do Caribe, com a gradual independência das antigas colônias. No Brasil é inaugurada a cidade de Brasília, nova capital do país, por Juscelino Kubitschek. Jânio Quadros sucede Juscelino e renuncia cerca de sete meses depois, sendo substituído pelo então vice-presidente João Goulart. Sob o pretexto das tendências comunistas de Jango, ocorre o golpe militar de 1964, que depõe Goulart e institui uma ditadura militar. No final da década, tem início o período conhecido como "milagre econômico". O certo é que tudo aquilo que na época originou mudanças teve consequências sociais, políticas e culturais até aos nossos dias. O impulso foi o milagre econômico que se desenvolvera. Constituía novidade o fato de a juventude não apenas se rebelar, mas desenvolver uma contracultura própria que propagava de forma muito poderosa, estando sempre presente em vez de permanecer apenas no segredo. Honestidade e humanidade, eram o desejo que unia todos os jovens, pensassem eles politicamente, estivessem interessados pela arte pop, ou sonhassem simplesmente com uma vida pacífica e alegre. Os jovens já não viam a roupa como um símbolo se status, pensavam em algo e faziam-no – a juventude celebrava-se a si mesma numa liberdade paradisíaca. A pílula veio a revelar-se uma ajuda para os jovens, aparecendo no mercado em 1961 e permitindo evitar a gravidez de forma segura. A música era o elemento que unia os jovens do mundo ocidental para além de todas as fronteiras sociais, raciais e de sexo. Os precursores foram Bill Haley, Elvis Presley, os Beatles, os Rolling Stones e The Who. Esta época é lembrada como a do sexo, drogas e Rock’n Roll. Os elegantes modelos, que apresentavam penteados em forma de cogumelos e que seguiam novas regras de moda, foram rapidamente considerados hippies, pelo menos nos meios de comunicação social. Os verdadeiros hippies – que eram dissidentes e que não se interessavam por mais nada para além da marijuana e do LSD.
A flor de plástico com a qual Mary Quant enfeitou a sua moda Lolita tornou-se, no final da década, uma verdadeira flor, um símbolo do direito à paz. Muitos jovens se sentiram atraídos pelo movimento do flower power promovido pelos hippies.O flower power, o pop e o rock pareciam ter perdido a magia.Nos seguintes concertos, o álcool, as drogas e a violência estiveram presentes.Os hippies retiraram-se para as comunas ou para as suas seitas orientais, os homossexuais iniciaram o movimento gay, as mulheres ocuparam-se do feminismo, alguns tornaram-se ativistas de esquerda e outros até terroristas.
Em 1961, o russo Yurin Gagarine foi o primeiro homem a voar no espaço, mas só em 1969, quando os dois americanos Neil Armstrong e E.A.Aldrin deram o, suposto, primeiro passeio na Lua; começou realmente uma nova era que também influenciou a nossa roupa: influências espaciais. Deu uma imagem de elegância às noivas dos rockers, animou a moda unisex criando o smoking para mulher, absorveu a arte op e pop, mas também a onde hippie com as suas influencias orientais.
A moda prêt-a-porter e a moda das boutique foram a grande novidade do século, tendo para elas contribuído to dos os costureiros, que criaram por vezes segundas ou terceiras linhas mais baratas e mais jovens do que as da alta costura. Desapareciam, desde modo, no campo da moda, as diferenças de classe, tendo-se obtido, no final da década, uma liberdade total: a mini-saia ao lado da maxi-saia, calças e saias, formas futuristas, bem como padrões folclóricos e psicodélicos.Com um corte em cinco pontos exatos, Mary Quant provocou, no início dos anos 60, uma onda de imitações apenas comparável à que Coco Chanel suscitara com a usa moda vanguardista. As mulheres progressistas queriam provar a sua independência, ao cortarem os cabelos.

* Símbolo dos Rolling Stones, astros do rock. * A onda “Sexo, drogas e rock’n roll”.

DÉCADA DE 1970_1979: DÉCADA DA DISCOTECA

Foi a época em que aconteceu a crise do petróleo, o que levou os Estados Unidos à recessão, ao mesmo tempo em que economias de países como o Japão começavam a crescer. Nesta época também surgia o movimento da defesa do meio-ambiente, e houve também um crescimento das revoluções comportamentais da década anterior. Muitos a consideram a "era do individualismo". Eclodiam nesta época os movimentos musicais do Rock and Roll, das discotecas, e também do experimentalismo na música erudita.

Guerras e Política
Dá-se a Revolução dos Cravos em Portugal (25 de Abril de 1974) e a independência das então colónias portuguesas em África:Angola,Cabo Verde,Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Timor-Leste também proclamou a sua independência em 1975, mas foi imediatamente invadido pela Indonésia, uma ocupação que durou até 1999.Em Angola e Moçambique instalaram, a seguir à independência guerras civis(a guerra civil de Angola e a Guerra de desestabilização de Moçambique)com grande envolvimento de outros países, dentro do contexto da guerra fria.Ao mesmo tempo, intensificavam-se as lutas de libertação da Rodésia(que ascendeu à independência em 1980)e da Namíbia,que só se libertou da África do Sul com a derrocada do regime do apartheid na África do Sul, em 1990.Termina a Guerra do Vietnam,com a derrota dos Estados Unidos da América e reunificação do país.
* Cenas da Guerra do Vietnam

Econômia
Ausência de combustíveis em 1973-74, durante a crise do petróleo.A economia mundial, e particularmente a dos Estados Unidos, entra em recessão após a crise do petróleo de 1973, quando a OPEP(Organização dos Países Exportadores de Petróleo) triplica o preço do barril de petróleo.Tal fato ocorreu como retaliação dos países árabes, maioria dos constituintes da OPEP, aos Estados Unidos por estes terem apoiado Israel na Guerra do Yom Kippur, neste mesmo ano.O Brasil, ainda sob impulso do milagre econômico, posterga os efeitos desta primeira crise do petróleo utilizando reservas cambiais e, em seguida, empréstimos internacionais para equilibrar sua deficitária balança comercial. Porém o milagre econômico começa a entrar em declínio.Em 1979 uma nova crise do petróleo preocupa o Ocidente. Desta vez motivada pela queda do Xá do Irã,Reza Phalevi,então aliado dos Estados Unidos.A queda do Xá permite a ascensão ao poder do Aiatolá Komeini, líder muçulmano xiita e inimigo declarado de Israel. Mais uma vez, agora por pressão do Irã, o petróleo é usado como arma e tem seu preço duplicado em detrimento dos Estados Unidos, maior consumidor mundial e histórico aliado de Israel.O Brasil sofrerá com muito mais intensidade os reflexos desta segunda crise do petróleo, tendo a inflação gradualmente acelerado seu ritmo de crescimento, por conta dos seguidos aumentos dos preços dos combustíveis no mercado interno.O milagre econômico então já acabara.

Música
Donna Summer foi uma das cantoras mais marcantes na música popular da década de 1970.Foi a última década do período classic rock.É também conhecida como a "década da discoteca", devido ao surgimento da dance music. Surge também o movimento punk.Em 1973, o concerto de Elvis Presley,"ALOHA FROM HAWAI" tem uma audiência estimada de mais de 1 bilhão de espectadores.A incorporação de instrumentos de música erudita no rock já havia se iniciado dos anos 60, mas só ganhou ares de movimento no início dos anos 70,no que é conhecido como rock progressivo.
Artistas tão diversos se reuniram na proposta,sendo os de grande destaque Pink Floyd,Genesis,Yes,Jethro Tull, Emerson,Lake & Palmer,King Crimson,Mike Oldfield,Van Der Graaf Generator,Gentle Giant,no terreno britânico.Também caíram no gosto bandas germânicas e italianas. No Brasil, destaque para os trabalhos de O Terço,O Som Nosso de Cada Dia, A Barca do Sol,Rita Lee & Tutti Frutti,Casa das Máquinas e Sagrado Coração da Terra.O disco que mais se destaca é The Dark Side of the Moon, de Pink Floyd.A banda baiana Doces bárbaros,idealizada por Maria Bethania,Gilberto Gil,Gal Costa e Caetano Veloso.Surge o glam rock,onde o chique e o glamour faziam parte do visual.David Bowie, com o seminal disco The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars é o maior expoente.Outros ícones do estilo são Marc Bolan e seu grupo T.Rex,Mott the Hoople.A aceleração e distorção do blues,dando origem ao hard rock,também havia se iniciado ainda nos anos 60, mas foi na década de 70 que ela surgiu com toda a força.Led Zeppelin,Black Sabbath e Deep Purple eram as bandas que lideravam o estilo.Na relação rock e blues, os Rolling Stones têm a sua fase mais criativa no início da década. A música voltava a ser popular e tudo acabava nas pistas de dança.A disco music resgatou o desejo pela dança através do "clássico" Os Embalos de Sábado à Noite, estrelado por ninguém menos que o iniciante John Travolta.Era a febre das discotecas(a famosa disco fever que deu nome a uma infinidade de canções)que assolava o mundo.Este fenômeno trouxe um novo balanço para a música pop, assim como gênios da música eletrônica,cujo maior expoente da época foi Giorgio Moroder(responsável pela descoberta da 'rainha das discotecas',Donna Summer).E a discoteca virou um dos símbolos supremos do período, o templo onde se cultivou o narcisimo mais delirante, onde o corpo ganhou suas maiores homenagens. Ainda que não tenham especificamente determinado, foram as discotecas que estimularam a onda esportiva que assolou o planeta nos últimos três anos de década. As discotecas e, naturalmente, a permissividade sexual quase absoluta dos grandes centros.Todos, e não mais apenas as mulheres, se sentiram no direito e na obrigação de serem mais eróticos, mais satisfatórios visual e tatilmente. Daí a febre do jogging.Mais engajado que a disco music,o punk rock, derivado da cena de Nova York blank generation investia contra o sistema.A Inglaterra enfrentava uma de suas maiores crises.A recessão corria solta e o punk pregava a anarquia através dos grupos Sex Pistols e The Clash,que dividiam o trono do movimento com os nova-iorquinos dos The Ramones. O rock voltava à sua forma primitiva, emergente das garagens e dos porões dos submundos inglês e americano.Como se fosse um hiato entre a dance e o punk rock, surgiu a new wave.Contrária ao punk, a nova onda celebrava o brilho do início da década.Algumas vezes a new wave chegou até a flertar com a dance music através do Blondie.A new wave foi perdendo seu ímpeto rapidamente; os famosos Sex Pistols se dissolveram, entre outros. Mesmo assim o punk sobreviveu até o final da década.Na música pop,a importância das palavras foi substituída pelo ritmo.Importava o balanço e a quantidade de decibéis, coisa que propiciou a aparição de dezenas de grupos e estrelas de sucesso fulminante e rápido desaparecimento. O efêmero e o descartável foram campeões em todas as paradas de sucesso.Modas e manias foram atiradas em ondas sucessivas a todos os cantos do planeta. Pela televisão, naturalmente. Porque outro rótulo perfeitamente aplicável a este período é o de "Década da televisão". Outros esportes, sem falar da dança, viveram sua explosão. E entre todas as novidades, a mais surpreendente e emocionante foi a asa delta,de fulminante êxito.A discoteca, o esporte: atalhos para a celebridade efêmera prevista pelo artista pop Andy Warhol("No futuro, todos serão famosos durante 15 minutos", ele disse).O automóvel ampliou as fronteiras do homem e transformou-se em sonho.Nos anos 70, regido pelas exigências de mercado, pela legislação de vários países, chegou a pesar mais de duas toneladas. No fim da década, para enfrentar a carência de petróleo,voltou a diminuir de tamanho e de peso.
Alguns ícones da música nos anos 70: Bee Gees; Bob Marley; Chico Buarque; Elis Regina; Elvis Presley; Gilbero Gil; Queen; Raul Seixas; Rita Lee; Roberto Carlos e Rolling Stones.


* Globo giratório, usado nas famosa Discotecas
Cinema
A década de 70 foi palco de um conjunto de acontecimentos que alteraram o panorama da indústria cinematográfica norte-americana e, consequentemente, do resto do mundo. Após 25 anos de declínio econômico, os anos entre 69 e 71 revelaram-se o fundo de uma crise que alterou por completo a indústria. Exemplo dessa crise é o fato da Metro-Goldwyn-Mayer, um dos símbolos da Meca do cinema,se ter visto obrigada, em 1970, a leiloar o guarda-roupa e adereços das suas mais famosas produções. O cinema da década de 1970 marcou o revival de Marlon Brando.O gênio da interpretação esteve presente com cenas fortíssimas em Apocalypse Now,de Francis Ford Coppola.Marlon Brando estrela ainda o erótico e polêmico O Último Tango em Paris. Trabalhando com o Coppola, ele ganhou o Oscar de melhor ator por The Godfather(O Poderoso Chefão).
* Marlon Brando

Influências Artísticas
Nos anos 70 surgiu na Itália a arte Povera.Significando Arte Pobre,sofreu influência da arte Conceitual e promoveu uma reação ao Minimalismo. O objetivo da Arte Povera era desafiar os padrões da arte vigente criando imagens coerentes, mas fora da relação convencional de objetos e substâncias, como um verdadeiro desafio à ordem estabelecida. Como muitos movimentos, absorvia temas de cunho político como a oposição mundial à guerra do Vietnã. Um tipo de arte com a intenção de interagir com o público através de instalações, esculturas e montagens com fotos, pintura e outros materiais não convencionais como terra, madeira, pedaços de árvore,ferramentas agrícolas,terra, metal, feltro, espelhos e trapos. Proporcionando um revival do Realismo,o Fotorrealismo,também conhecido como Hiper-realismo, mostra uma forma de retratar a realidade em uma fidelidade fotográfica. Porém, o que difere este movimento da década de 60 dos estilos tradicionais, dentro da história da arte, é que além dos artistas utilizarem aparelhos tecnológicos como projeção de slides e o airbrush. Resultam deste trabalho, pinturas que se confundem com fotografias e esculturas que se confundem com pessoas. A arte fotorrealista,além da realidade, também exprime em suas obras simbologias e expressividade, utilizando a técnica clássica de perspectiva e desenho e a preocupação minuciosa com detalhes, cores, formas e textura.Utiliza-se de cores luminosas e pequenas figuras incidentais, para pintar de maneira irônica e bonita o mundo ao nosso redor.O Hiper-Realismo abriu espaço para o estilo neofigurativo.

Moda Com flores no cabelo, sandálias nos pés e um sorriso nos lábios.O futuro pertencia aos jovens e à sua filosofia de peace and love.Os hippies,com as suas barbas e cabelos compridos,pareciam muito velhos.Os anos 70 destacaram-se pela sua irregularidade,não tendo um perfil definido.Esta década foi tudo menos calma,pois pros seguiram as transformações em grande escala.A libertação sexual, a objeção de consciência,as experiências com drogas ou a reclamação dos direitos da mulheres – tudo deixou de ser um programa das minorias, sendo aceito e levado à prática pelas grandes massas. A juventude otimista tornou-se cínica.Não sem razão que a década de 1970 é considerada como a década do mau gosto. Solas de plataforma e hot-pants,calças a boca-de-sino e camisas de poliéster, vestuário brilhante para a discoteca, retro-kitsch e no-future-punk, tudo era experimentado,misturado,repudiado e novamente recuperado. Nos anos 70, o pós-moderno com o seu estilo eclético, impunha a verdadeira revolução no mundo da moda. Os muitos padrões psicodélicos e as cores foram substituídos por uma paleta mais suave, com padrões mais flexíveis e menores,como se vê no vestuário rústico e étnico. A resposta ao chamamento para um “regresso à natureza” foi,a partir de 1973, uma fase bege:cores neutras,caqui,tons de areia,azul-acizentado,verde-azeitona e cor de tijolo combinavam maravilhosamente,o que facilitava a forma de vestir. A moda tal como a vida já não tinha regras certas:cada um escolhia o que lhe agradava. Saint Laurent concedeu aos trajes folclóricos cheios de fantasia, bem como os blusões de couro preto do anti-establishment,a consagração mais elevada da alta costura,tornando-os utilizáveis para uma clientela que queria ser “anti” com a beleza. Anti-moda era a palavra-chave.Desde os trajes de algodão baratos até aos fatos de alta costura,tudo era permitido,desde que não tivesse um aspecto normal.Em caso de dúvida as pessoas decidiam-se pelos jeans,que se haviam tornado o uniforme dos não conformistas.Em 1971,Levi Strauss recebeu pelos seus blue jeans o Coty Award,o prêmio da indústria da moda norte-americana.As calças azuis eram usadas por todo o lado,por homens,mulheres e homossexuais,pobres e ricos.A onda unisex não levou à desejada igualdade de direitos, mas à uniformização: ambos tinham o mesmo aspecto triste e desgostoso. Os músicos negros funky,vindos dos guetos, não tinham necessidade de roupa desleixada,queriam sucesso,que procuravam através de uma aparência deslumbrante. Usavam camisas de folhos,calças justas de seda italiana,pullovers pretos,casacos de couro e, tal como os glamrockers, botas com salto.O salto atingia os quinze centímetros.Tudo tinha uma conotação erótica:solas com cunha e calças largas conduziram o olhar pela perna acima,onde a malha de seda contornava o corpo. O sex-appeal deu aos estilistas a ideia de que também os jeans desbotados podiam trazer uma nova vida com um pouco de esplendor.Transformaram a ganga em calças a boca de sino, calças cintadas, calças afuniladas e até calças de pinças, não evitando nem as dobras, nem as pregas.Os clássicos jeans dos trabalhadores transformaram-se em jeans chiques, que exibiam orgulhosamente as etiquetas de

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Imagem da bolsa inspirada na década de 70
















Professora: Iane Cristina Ondim




Pesquisa Cromática da década de 70

Professora: Angélica Amorim

Análise da imagem



Esta imagem se unifica em uma unidade principal: uma mulher, estão presentes elementos de segregação: como os botões da roupa, os bolsos do vestido, o chapéu, partes do corpo, como cabeça, olhos, nariz, boca, braços, parte das pernas, etc..

Percebe-se também uma boa pregnância por ter similaridade da cor e um padrão de linhas, tem semelhança, e continuidade, criando uma boa organização formal.

Aparentemente a textura do tecido é lisa, nesta imagem possui equilíbrio e harmonia, tudo com simplicidade e com clareza.

A redundância é percebida pela a igualdade dos botões, ela é opaca por ter bloqueio da visualização.

Encontramos também proximidade, que vem a ser elementos próximos uns dos outros e tendem a ser visto juntos que constituí um todo. (Como no detalhe do vestido. Ex: os botões). Segregam-se também semelhança nas linhas que se encontram os botões do vestido, pela semelhança de seus elementos, reforçados pela cor.

E por final observamos que na imagem como consta exagero, nos botões, no chapéu e na cor, observamos que uma imagem formal. Construída na década de 70 do século XX.

Painel interdisciplinar da década de 70





































Professora: Luciene Moreira